terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Revisão 05 - Medir com Trena

Para medir distâncias maiores, existe a fita métrica metálica, retrátil que se enrola dentro de um invólucro ou embalagem. Esta fita métrica é conhecida como TRENA.
Em uma das extremidades da trena há uma chapinha de metal, dobrada em um ângulo de 90° que serve para fixar a trena no local de início da medição, permitindo, desta forma, que você consiga medir distâncias maiores do que seus braços poderiam alcançar. Estas fitas métricas são graduadas em milímetros, centímetros, metros e polegadas. Algumas trenas, ainda apresentam uma trava para facilitar a leitura da medição, evitando o movimento da mesma. Normalmente, utilizada para medir ambientes, paredes, móveis e áreas externas, este tipo de fita métrica não pode faltar em sua caixa de ferramentas. Muito útil para reformas em geral. Existe a fita métrica de bolso que varia de 3 a 10 metros e trena longa que varia de 15 a 50 metros.
Utilizamos o “Sistema Métrico Decimal”, ou seja, o metro. Um metro é subdividido em 100 frações de 1 centímetro. Entretanto ainda é muito popular o “Sistema Imperial de Medidas Britânico”, que é em polegadas (inch , em inglês). Algumas fitas métricas, réguas e trenas ainda vêm com suas medidas em polegadas ou com ambas (metro e polegada). A polegada é uma fração do pé. O o sistema de polegadas surgiu na Idade Média, em Roma, onde se faziam as medidas com o próprio polegar.
01 metro = 100 centímetros = 1.000 milímetros. Símbolos = metro: representado por (m); centímetro: representado por (cm) e milímetro: representado por (mm).
01 polegada = 2,54 cm= 25,4 mm. Símbolos de polegada: representada por (in) ou por duas plicas (“).
01 pé = 12 polegadas = 30,48 cm. Símbolo de pé: representado por uma plica (‘)
Note que as unidades são sempre representadas por letras minúsculas (convenção internacional). Exemplos: 6’3” (seis pés e três polegadas)  /  4” ou 4 in (quatro polegadas)  /  2 m 30 cm ou 2,3 m (dois metros e trinta centímetros).
Exemplo: Se o comprimento de um objeto vai da marca "0" até a 3ª marca não-numerada depois da marca "4", o comprimento desse objeto é de 4,3 cm.
© Direitos de autor. 2014: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 20/08/2014.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Aula 02 - Cuidados no uso de ferramentas convencionais e elétricas

Lidar com ferramentas convencionais ou elétricas não é tão simples. Para que a adoção de recursos que facilitem a execução do trabalho não acabe se tornando um grande perigo, é preciso ter cuidado na hora de utilizar certos equipamentos, principalmente com relação à própria eletricidade e partes cortantes dos utensílios.
Existem diversos tipos e usos distintos de ferramentas. As lixas e esmerilhadeiras, por exemplo, têm materiais especiais adequados para polir, cortar ou lixar cada tipo de superfície. Sendo assim, defina cada instrumento de acordo com o seu objetivo antes de começar o trabalho.
Em hipótese alguma adapte sua ferramenta para alguma atividade que ela não foi projetada para fazer. Utilizar a broca de uma furadeira para lixar uma superfície, por exemplo, pode não apenas estragar o equipamento como ocasionar acidentes sérios.
Os acessórios utilizados e até o jeito como você se veste fazem toda diferença na hora de manusear ferramentas elétricas. Roupas muito justas, por exemplo, podem reduzir a mobilidade e dificultar reflexos rápidos em caso de imprevistos ou acidentes. As vestimentas folgadas, bem como o uso de adornos, por outro lado, podem se prender nas peças e provocar acidentes.

Outro fator importante é o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas, capacetes, calçados de segurança, abafadores de ruídos e óculos de proteção. Alguns deles podem ser indispensáveis na hora de manusear suas ferramentas elétricas, como as máquinas de solda, por exemplo.
Parece óbvio, mas muita gente se esquece de fazer o básico na hora de manusear ferramentas elétricas. Ao usar seus equipamentos, nem pense em carregar ou puxar o aparelho pelo cabo. Na hora de desligá-lo da tomada, puxe somente o plug, e não o fio. Esses cuidados simples evitam que o equipamento estrague ou cause acidentes.
Outra dica importante é cortar os materiais da forma correta, sempre deixando a lâmina posicionada no sentido oposto ao seu. Também não deixe as partes cortantes à mostra, evitando tocar nestas áreas mesmo que o equipamento esteja desligado. Caso a máquina tenha lacres ou proteções, não as retire sem a devida solicitação, pois esses acessórios são instalados para garantir a segurança do manuseio.
É por esse e outros motivos que você não deve usar os equipamentos elétricos em ambientes úmidos ou molhados. Para evitar acidentes, prefira áreas bem iluminadas e com o menor número de pessoas no local.
Também é importante limpar os utensílios logo após o uso, utilizando panos umedecidos, lenços, pincéis ou promovendo uma lavagem a seco. Outra boa dica é aplicar óleo na ferramenta eletrônica a cada seis meses. Afinal, o modo de guardar os equipamentos também influencia a sua conservação e durabilidade.
Aqui vamos mostrar algumas dicas para que suas ferramentas continuem funcionando por muito tempo:
Limpeza - É muito importante não guardar as ferramentas molhadas, principalmente se forem metálicas, porque esse é o jeito mais fácil de enferrujarem.
Preocupe-se também com a sujeira em forma de poeira, pois, em equipamentos com mecanismos, como tesoura ou alicate, ela pode fazer com que fiquem duros e mais difíceis de usar.
O dano que a sujeira pode causar em equipamentos que dependem de corrente elétrica é ainda pior, pois pode ocasionar um curto-circuito e queimar por dentro.
Em todos esses casos, a solução para a limpeza do material é esfregar a ferramenta com um pano seco.
No caso das ferramentas metálicas, dá para aplicar uma camada de óleo lubrificante, para diminuir o risco da oxidação – mas nunca faça isso em ferramentas elétricas, pois pode causar curto!
Guardar - É preciso proteger as ferramentas da exposição à chuva, umidade em geral e luz do Sol, que são fatores que acabam diminuindo sua vida útil.
O ideal é ter uma caixa organizadora, porque, além de facilitar a localização do equipamento necessário numa emergência, evita danos que podem ser causados nas próprias peças, por estarem em contato umas com as outras, como riscos.

E procure não guardar em lugares altos, porque, se caírem, podem machucar alguém.
Deixe-as próximas ao solo.
Desenferrujar - Usar um removedor de ferrugem. Existem muitos tipos, como em pasta, líquido, etc.
Cada um tem as suas particularidades, portanto, antes de comprar ou aplicar, pesquise qual o mais indicado para suas ferramentas e para cada situação.
Fio de corte - É o caso de facas, serras, machados, etc. Se essas ferramentas perderem o fio ficam inutilizáveis.
Para que isso não aconteça, é preciso mantê-las sempre limpas e lubrificadas.
Você mesmo pode afiá-las com uma pedra de amolar de tempos em tempos e evitar que percam o fio de corte.
Uso - Só utilize uma ferramenta na função para a qual ela foi criada.

Esta pode ser a dica mais óbvia de todas, mas não é incomum, na pressa, martelar um prego com alicate ou soltar um parafuso com a ponta de uma faca.
Isso pode aumentar as chances de quebra do equipamento, além de causar riscos para quem está usando.
Manutenção preventiva - Pode ser estranho levar um equipamento para manutenção antes que ele apresente defeito, mas esse procedimento permite que um problema seja descoberto e resolvido antes mesmo que possua um custo maior com a reposição de peças.
Esses são alguns cuidados para garantir muitos anos de funcionamento a seus equipamentos. 
Por fim, caso enfrente qualquer dificuldade de uso ou manuseio de sua ferramenta elétrica, não tente resolvê-lo por conta própria. Você pode contar com a ajuda de um técnico de segurança ou área responsável para isso.
A NR12 é a norma regulamentadora brasileira responsável por estabelecer regras de proteção que valorizem a integridade física de seus usuários durante o uso de máquinas e equipamentos. Segundo ela, cabe ao empregador adotar medidas de proteção coletivas e individuais, além de garantir que as ferramentas elétricas operem com dispositivos de segurança.
O trabalhador, por outro lado, deve se comprometer a utilizar corretamente os EPIs fornecidos pelo empregador e cumprir as orientações de seu treinamento sobre a inspeção, limpeza e operação das ferramentas elétricas.
A NR10 também deve ser observada, já que demonstra medidas preventivas e de controle sobre colaboradores que interajam com serviços ou instalações que usam a energia elétrica, de forma direta ou indireta.
Essa norma também dispõe de orientações mais específicas no que diz respeito à construção, montagem, operação e manutenção seguras de dispositivos elétricos na indústria, bem como regras para aqueles funcionários que trabalham em instalações de alta tensão.
Por fim, a empresa também pode criar o seu próprio manual de regras de segurança, incluindo normas gerais, como: nunca forçar a ferramenta, não separar as pernas dos cabos elétricos, manter o equipamento sempre desligado quando não estiver em uso, entre outras dicas.
Agora que você já sabe como ser cauteloso ao manusear ferramentas elétricas, é hora de se preocupar com outro ponto importante: a procedência dos equipamentos que você adquire. A Gaveteiro dispõe de itens reconhecidos pela alta qualidade e excelente custo-benefício.
© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/08/2015.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Revisão 04 - Tipos e uso de ferramentas de corte

Figura 01 - Estilete
As principais ferramentas para corte e de recorte utilizadas na manutenção mecânica estão listadas agora.
5.1 - Estilete: Ferramenta para cortes em geral de papel, papelão, tecidos, plásticos, materiais sintéticos. Com lâminas recambiáveis e em gomos, fáceis de substituir.
Por serem muito afiadas, recomenda-se muito cuidado durante o trabalho para se evitar acidentes. É uma ferramenta utilizada para corte.

5.2 - Lâminas de serra:  Finas lâminas metálicas largamente usadas no corte de tubos, hastes metálicas, vergalhões, PVC, etc. Utilizadas nos arcos de serra ou mini arcos de serra são produzidas com 18, 24 ou 36 dpp (dentes por polegadas). Quanto maior o numero de dentes melhor o acabamento final do corte,  As melhores e mais seguras são as lâminas "bi-metálicas", possuem o corpo em aço´flexível e os dentes em aço rígido .
Figura 02 - Arco e serra
Estas, ao invés de quebrarem por mau uso, apenas "dobram", sem o risco de estilhaços ferirem o usuário. Para o bom aproveitamento das lâminas, recomenda-se bons arcos de serra que garantem tensão adequada na lâmina.

5.3 - Arco de serra: Para cortes de tubos, barras metálicas e cortes em geral os arcos de serra são utilizados com lâminas de serras especiais para corte principalmente de metais. Quanto maior for a tensão na lâmina, melhor e mais rápido será o corte. A tensão é dada pelo aperto do parafuso que fixa a lâmina no arco. A Serra para metal com 36 dentes por polegada juntamente com  o arco é a ferramenta utilizada para serrar metal.
Figura 03 - Tesouras para chapas

5.4 - Tesoura Corta-Vergalhão: Apropriada para corte de ferros de construção, vergalhões, cabos e arames duros onde há necessidade de uma ferramenta mais robusta de corte. Encontrada no mercado em vários tamanhos.

5.5 - Tesouras para chapas: Ferramentas utilizadas para cortes de chapas metálicas, na manutenção e montagem de peças e equipamentos metálicos. São vários os modelos existentes no mercado: Tipo americano, tipo Brasil e tipo aviação para cortes mais precisos, com design diferente para cortes retos, a direita e a esquerda. Utilizada para corte.

Uma família de ferramenta para prender peças utilizada na manutenção mecânica está listada agora.

Figura 04 - Grampo C
6.1 - Grampo de fixação (C): Tem este nome por ter formato da Letra "C". Encontrados no mercado em várias medidas de abertura, são utilizado para unir peças que necessitam ser coladas, soldadas, para serem cortadas igualmente, enfim, onde houver a necessidade de união de peças para algum tipo de trabalho, usamos os grampos tipo "C". Também chamado de sargento, é utilizado para manter fixas duas ou mais peças, seja para uma colagem, trabalho de usinagem, ou outra necessidade em que se precise manter as peças unidas.

6.2 - Grampo Rápido: pela agilidade de fixação de materiais devido ao seu sistema de gatilho, este grampo muito utilizado em marcenaria, serve para unir materiais que necessitam serem grudados por cola, parafusos ou outro tipo de fixação.

Outro tipo de ferramenta utilizada na manutenção mecânica está listada agora.

Figura 05 - Limas
7.1 - Limas: Para afiação de ferramentas de corte, retirar excesso de material (madeira, metal, plásticos, cascos de animais, etc), desbaste e acabamentos, utilizamos limas. Para cada aplicação, a lima terá um tipo de rugosidade na superfície. 
Podem ser chatas, redondas, triangulares, quadradas, meia lua, com vários comprimentos. Para desbastes contínuos, há limas rotativas para serem usadas com ferramentas elétricas.

Outro tipo de ferramenta utilizada na manutenção mecânica está listada agora.

8.1 - Martelo Pena: Mais utilizado em mecânicas indústrias para manutenção geral de equipamentos.

8.2 - Martelo Bola: Devido uma de suas faces ser arredondada, este modelo é muito utilizado em funilarias e reparos automotivos.

8.3 - Martelo Unha (carpinteiro): Modelo mais conhecido e usado por ter em uma de suas pontas uma cunha para extração de pregos ou abertura de caixas. Ferramenta utilizada para golpear objetos, para bater pregos, ou retirá-los.

Figura 06 - Martelo Unha
8.4 - Martelo de Borracha: Destinado a aplicações onde necessita bater sem contudo “marcar” a peça trabalhada. Utilizado para golpear superfícies sem danificá-las, por exemplo na montagem ou desmontagem de móveis.

Outro tipo de ferramenta utilizada na manutenção mecânica está listada agora.

9.1 - Torquímetro - Quando é necessário medir o aperto de um parafuso ou porca, a ferramenta indicada é o torquímetro. O uso do torquímetro evita a formação de tensões e a conseqüente deformação das peças em serviço. O torquímetro trabalha com as seguintes unidades de medidas: newton . metro (N . m); libra-força . polegada (Lbf . in); quilograma-força . metro (kgf . m).
Ao se usar o torquímetro, é importante verificar se o torque é dado em parafuso seco ou lubrificado.
Os torquímetros devem ser utilizados somente para efetuar o aperto final de parafusos, sejam eles de rosca direita ou esquerda. Para encostar o parafuso ou porca, deve-se usar outras chaves. Para obter maior exatidão na medição, é conveniente lubrificar previamente a rosca antes de se colocar e apertar o parafuso ou a porca. Os torquímetros jamais deverão ser utilizados para afrouxar, pois se a porca ou parafuso estiver danificado, o torque aplicado poderá ultrapassar o limite da chave, produzindo danos ou alterando a sua exatidão. Os torquímetros, embora robustos, possuem componentes relativamente sensíveis (ponteiro, mostrador, escala) e por isso devem ser protegidos contra choques violentos durante o uso.

Figura 07 - Trena
9.2 - Trenas: Para medições internas ou externas as trenas podem ser produzidas em fitas metálicas ou em fibra de vidro. Com fitas metálicas são produzidas com 3, 5, 8, 10, 20 e 30 metros com escalas em milímetros e polegadas sendo que alguns modelos possuem escalas de medição nos dois lados da fita. Para medições de grandes áreas utilizam-se trenas produzidas em fibra de vidro que são mais resistentes ao desgaste a abrasão. Produzidas a partir de 10 metros até 100 metros. Instrumento utilizado para medidas lineares.

9.3 - Nível: Importante acessório na colocação de pisos, armários, prateleiras ou outro acessório que necessite posicionamento correto. São produzidos com corpo de madeira, plástico, metal e metal imantado, em vários comprimentos para adequação ao trabalho.
Figura 08 - Nível de Bolha

Recomendações finais

As características originais das ferramentas devem ser mantidas, por isso não devem ser aquecidas, limadas ou esmerilhadas.
Se um mecânico de manutenção necessitar de uma ferramenta que tenha uma espessura mais fina ou uma inclinação especial, ele deverá projetar um novo modelo de ferramenta ou então modificar o projeto da máquina para que,
em futuras manutenções, possa usar as ferramentas existentes no mercado.
Para aumentar a segurança quando usa ferramentas de aperto e desaperto, o mecânico de manutenção experiente aplica a força em sua direção, evitando o deslocamento do próprio corpo. Ele mantém o equilíbrio corporal deixando os pés afastados e a mão livre apoiada sobre a peça.
O bom mecânico de manutenção lubrifica as ferramentas de trabalho e guarda-as em locais apropriados, conservando-as.

Folha com Permissão para o Trabalho está disponíveis em: 16_06_001 PT - Desmontar Painel .

© Direitos de autor. 2016: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 31/05/2016.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Revisão 03 - Tipos e usos de Chaves de Aperto

As principais ferramentas de aperto e desaperto utilizadas na manutenção mecânica envolvendo parafusos, porcas, tubos e canos estão listadas agora.

Figura 01 - Chave de boca ajustável
1.1 - Chave inglesa ou ajustável: Ferramenta para ser utilizada em serviços de aperto ou desaperto, onde requer mudanças e ajustes constantes de medidas do bocal.  Substitui várias medidas de chaves fixas em uma só ferramenta.
Esta ferramenta tem uma aplicação universal. É muito utilizada na mecânica, em trabalhos domésticos e em serviços como montagem de torres e postes de eletrificação, e elementos de fixação roscados. A chave de boca ajustável não deve receber marteladas e nem prolongador no cabo para aumentar o torque.


Figura 02 - Chave de Grifo
1.2 - Chave grifo, stillson ou para cano: ferramenta potente muito comum na manutenção e reparos em hidráulica e serviços gerais na construção civil.
A chave para canos é também conhecida pelos seguintes nomes: chave grifo e chave Stillson. É uma ferramenta específica para instalação e manutenção hidráulica. Sendo regulável, a chave para canos é uma ferramenta versátil e de fácil manuseio. A chave para tubos, também conhecida pelo nome de “Heavy-Duty”, é semelhante à chave para canos, porém mais pesada. Presta-se a serviços pesados. 
Tanto a chave para canos quanto a chave para tubos não devem ser usadas para apertar ou soltar porcas.

1.3 - Chave para tubos de ajuste rápido: inovação IRWIN, chave similar as chaves de tubo com a diferença que se ajustam ao aperto automaticamentre sem necessidade de duas mãos para regulagem.
Figura 03 - Chave para Tubos
Com sua abertura até 2-1/4" (58mm), faz o mesmo trabalho das chaves de 12" e 14". Ergonômico, garante uma empunhadura forte, confortável e sem escorregões. Seu corpo em alumínio injetado a torna robusta, porém 43% mais leve que uma chave comum de 14"

1.4 - Chave fixa - A chave fixa, também conhecida pelo nome de chave de boca fixa, é utilizada para apertar ou afrouxar porcas e parafusos de perfil quadrado ou sextavado.
Figura 04 - Chave Fixa
Pode apresentar uma ou duas bocas com medidas expressas em milímetros ou polegadas. Chave fixa ou chave de boca são abertas na ponta e sempre tem duas medidas diferentes na mesma chave.
Utilizar as chaves com bitolas iguais aos parafusos ou porcas, para que não haja folga. O uso de chaves com bitolas diferentes dos parafusos ou porcas poderá danificar a chave e o parafuso também.

1.5 - Chave estrela  - Esta ferramenta tem o mesmo campo de aplicação da chave de boca fixa, porém diversifica-se em termos de modelos, cada qual para um uso específico.
Figura 05 - Chave Estrela
Por ser totalmente fechada, abraça de maneira mais segura o parafuso ou porca.
Chaves estrela são parecidas, porém são fechadas e possuem o tamanho certo da peça a ser parafusada ou desparafusada. Podem ser sextavadas ou estriadas. Também possuem duas medidas diferentes, uma em cada extremidade. 
Chave estrela com geometria estriada é indicada para fazer apertos e desapertos iniciais, possibilitando torques superiores e mais seguros através da maior quantidade de pontos de contato com o parafuso. Sempre que possível, mantenha a boca da chave estrela perfeitamente assentada sobre a porca ou cabeça do parafuso.

1.6 - Chave combinada - A chave combinada também recebe o nome de chave de boca combinada.
Figura 06 - Chave Combinada
Sua aplicação envolve trabalhos com porcas e parafusos, sextavados ou quadrados. A chave combinada é extremamente prática, pois possui em uma das extremidades uma boca fixa, e na outra extremidade uma boca estrela. A vantagem desse tipo de chave é facilitar o trabalho, porque se uma das bocas não puder ser utilizada em parafusos ou porcas de difícil acesso, a outra boca poderá resolver o problema.
Chaves fixas, chaves estrela e chaves combinadas não devem ser batidas com martelos. Se martelarmos essas chaves, o risco de quebrá-las é alto. Se houver necessidade de martelar uma chave de aperto e desaperto para retirar um parafuso ou uma porca de um alojamento, deve-se usar as chamadas chaves de bater, que são apropriadas para receber impactos.

1.7 - Chave com catraca: esta chave é uma evolução da chave combinada. trata-se da união da chave fixa com a chave catraca.
Figura 07 - Chave com catraca
Com suas extremidades podendo ser móveis, facilitam muito o acesso a locais difíceis com pouco espaço para o processo.
Chave catraca: Para trabalhos com soquetes no aperto ou desaperto de componentes. São encontradas com encaixes de ¼” até 1” dependendo da aplicação. Quando for possível utilize a chave combinada com catraca, pois isto agiliza a operação.

Figura 08 - Chave de Impacto
1.8 - Chaves de impacto - Há dois tipos de chaves de bater: a chave fixa de bater e a chave estrela de bater. As chaves fixa de bater e estrela de bater são ferramentas indicadas para trabalhos pesados. Possuem em uma de suas extremidades reforço para receber impactos de martelos ou marretas, conforme seu tamanho.

1.9 - Soquetes - Dentro da linha de ferramentas mecânicas, este tipo é o mais amplo e versátil, em virtude da gama de acessórios oferecidos, que tornam a ferramenta prática. Os soquetes podem apresentar o perfil sextavado ou estriado e adaptam-se facilmente em catracas, manivelas, juntas universais etc., pertencentes à categoria de acessórios.
Dentro da categoria de soquetes, há os de impacto que possuem boca sextavada, oitavada, quadrada e tangencial, com ou sem ímã embutido. Esses soquetes são utilizados em parafusadeiras, em chaves de impacto elétricas ou pneumáticas, pois apresentam paredes reforçadas. Os soquetes de impacto apresentam concentricidade perfeita, o que reduz ao mínimo as vibrações provocadas pela alta rotação das máquinas onde são acoplados. Os soquetes comuns não devem ser utilizados em máquinas elétricas ou pneumáticas, pois não resistem às altas velocidades e aos esforços tangenciais provocados pelas máquinas em rotação. 
Figura 09 - Chave Catraca e soquetes
A chave soquete, pela sua versatilidade, permite alcançar parafusos e porcas em locais onde outros tipos de chaves não chegam. Soquetes e acessórios que, devidamente acoplados, resultam em chaves soquete. Soquete (“cachimbo” ou “pito”) são largamente utilizados na indústria metal-mecânica, automobilística e manutenções em geral para trabalhos de aperto e desaperto de porcas e parafusos. Vendidos avulsos ou em jogos são encontrados em milímetros ou polegadas com encaixes sextavados ou estrelados. De acordo com o serviço a ser executado podem se encaixar em chaves catraca com quadrado de ¼”, 3/8” , ½” , ¾” ou 1” .

1.10 - Chave “L”: Muito utilizada por mecânicos na manutenção automotiva. Com duas “bocas” de aperto são parecidas com as chaves canhão e por serem longas são usadas em locais de difícil acesso. 

DICAS DE UTILIZAÇÃO
Sempre usar a chave perpendicular ao eixo do parafuso ou porca. Isto aumenta a vida útil da ferramenta e torna a operação mais segura. Ao utilizar uma chave não puxe a chave na direção do corpo, e sim empurre.
Não utilizar canos ou barras extensoras para atingir maiores torques. Ao aumentar a distância da aplicação da força, aumenta-se o torque que pode ser fornecido aos soquetes e, consequentemente ao parafuso ou
porca, além de se correr o risco de quebrar a ferramenta.
Não golpear as chaves com martelos ou outros objetos as chaves para soltar cabeças de parafusos ou porcas encravadas. Elas não foram desenvolvidas para receber este tipo de impacto.
A falta de atenção para estes cuidados poderá resultar no escapamento da chave com consequente risco de acidente. 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Revisão 02 - Tipos e usos de Alicates

Uma família de ferramentas muito empregadas em trabalhos mecânicos: os alicates. Alicate pode ser definido como uma ferramenta de aço forjado composta de dois braços e um pino de articulação. Em uma das extremidades de cada braço existem garras, cortes e pontas que servem para segurar, cortar, dobrar, colocar e retirar peças de determinadas montagens. Existem vários modelos de alicate, cada um adequado a um tipo de trabalho.

1.1 - Alicate universal - É o modelo mais conhecido e usado de toda família de alicates. 
Figura 01 - Alicate Universal
Os tipos existentes no mercado variam principalmente no acabamento e formato da cabeça. Os braços podem ser plastificados ou não. Quanto ao acabamento, esse alicate pode ser oxidado, cromado, polido ou simplesmente lixado. Quanto à resistência mecânica, o alicate universal pode ser temperado ou não. Quanto ao comprimento, as medidas de mercado variam de 150 mm a 255 mm. O alicate universal é utilizado para segurar, cortar e dobrar. É um alicate de uso geral para corte, aperto ou torção de fios e arames. Utilizado, principalmente em manutenção elétrica, também podendo ser utilizado em vários outros tipos de serviços e aplicações.

Figura 02 - Alicate de Corte Diagonal
1.2 - Alicate de corte diagonal: específico para corte de fios. Utilizado para corte de fios e cabos na manutenção eletro-eletrônica, informática, predial e automotiva. Alguns profissionais o utilizam, como descascador de fios.
O Alicate de Corte serve para cortar chapas, arames e fios. Podendo ser de Corte Diagonal ou Corte Frontal.

1.3 - Alicate bico: alicate com a ponta fina para uso em manutenção elétrica em locais de difícil acesso. Serve para torção e corte de fios e cabos.
Figura 03 - Alicate de Bico Chato
Também utilizado para trabalhos artesanais com arames e chapas finas. Estes alicates podem ser com bico reto ou bico curvo.
Alicate bico redondo: alicate com a ponta redonda para uso em manutenção elétrica para torção de fios e cabos. Também utilizado para trabalhos artesanais com arames e fios.
O Alicate de Bico é utilizado em serviços de mecânica e eletricidade. Podendo ser de Bico redondo ou Bico chato.

Figura 04 - Alicate de eixo Móvel
1.4 - Alicate de Eixo Móvel, Alicate bomba d’água ou bico de papagaio: utilizado na manutenção hidráulica para colocação, aperto e torção de canos e tubos, colocação de porcas e torneiras. Por ser um alicate com aberturas múltiplas dos mordentes, pode ser usado em porcas e roscas com diâmetros grandes.
O Alicate de Eixo Móvel é utilizado para trabalhar com peças cilíndricas, sendo sua  articulação móvel, para possibilitar maior abertura.

Figura 05 - Alicate Groovelock
1.5 - Alicate Groovelock: inovação do alicate tipo bomba d'água, onde a abertura das mandíbulas é feita com simples apertar de botão central. Para apertos e desapertos de porcas e parafusos de diversas medidas. Alicate desenvolvido pelo fabricante IRWIN.

1.6 - Alicate decapador de fios: Apropriado para facilitar o trabalho na manutenção elétrica na colocação de terminais, solda de fios e cabos em geral, desencapam na ponta do fio ou no meio para emendas.
Figura 06 - Alicate Decapador
Existem vários modelos no mercado que, dependendo da aplicação e freqüência de uso, poderão se adaptar melhor ao serviço.
É bastante simples e se assemelha a um alicate. Regula-se a abertura das lâminas de acordo com o diâmetro do condutor a ser desencapado.
Outro tipo de desencapador é o desarme automático. Nele existem orifícios com diâmetros reguláveis correspondentes aos diversos condutores. Ao pressionar suas hastes, tanto o corte como a remoção da isolação são executados.

Figura 06 - Alicate para Anéis
1.7 - Alicate para anéis: existem dois tipos: para anéis internos e para anéis externos. Parecidos com alicates de bico meia cana, possuem em suas extremidades duas pontas bem finas para encaixar no olhal dos anéis de retenção.
Podem ser de bico curvo ou bico reto para melhor chegar ao local onde se encontram os anéis. A medida de maior saída é de 7 polegadas de comprimento. 
É uma ferramenta utilizada para remover anéis de segmento, também chamados de anéis de segurança ou anéis elásticos.
Figura 08 - Alicate para Fazendeiro
O uso desses alicates exige bastante atenção, pois suas pontas, ao serem introduzidas nos furos dos anéis, podem fazer com que eles escapem abruptamente, atingindo pessoas que estejam por perto. Os alicates para anéis de segmento interno e externo podem apresentar as pontas retas ou curvas.

1.8 - Alicate para fazendeiro: Alicate desenvolvido para facilitar o trabalho no campo. Possui várias finalidades como corte, esticador, puxador de grampos, martelo e recolocação de ferpas em cercas. Ideal para uso em chácaras, sítios e fazendas.

Figura 09 - Alicate de Pressão
1.9 - Alicate de pressão - É uma ferramenta manual destinada a segurar, puxar, dobrar e girar objetos de formatos variados. Em trabalhos leves, tem a função de uma morsa. Possui regulagem de abertura das garras e variação no tipo de mordente, segundo o fabricante. Observe um alicate de pressão e os formatos dos perfis de algumas peças que ele pode prender.
O alicate de pressão é versátil para aperto de porcas e parafusos. Na fixação de produtos para colar ou soldar. De fácil regulagem através do parafuso no cabo, exerce grande pressão de aperto onde for utilizado. O Alicate de Pressão trabalha por pressão e dá um aperto firme ás peças, sendo sua pressão regulada por intermédio de um parafuso existente na extremidade.

Figura 10 - Alicate Rebitador
1.10 - Alicate Rebitador Manual: Alicate para aplicação de rebites na junção de metais, lonas e couro. Normalmente acompanham quatro bicos para diferentes tamanhos de rebites. Podem ter a cabeça fixa ou giratória para aplicações em locais de difícil acesso.
Alicate Rebitador
Alicate usado para efetuar a fixação de peças com rebites. O Procedimento de Rebitagem e efetuado da seguinte maneira: Coloca-se o rebite no furo; O rebitador agarra o mandril. O rebitador traciona o mandril e a cabeça deste efetua a rebitagem, que estará completa com o final destaque da haste. A rebitagem está concluída e as partes firmemente fixadas.

Folha com Informações tecnológicas sobre alicates estão disponíveis em: 16_06_018 FIT Alicates SRG.

Folha com Permissão para o Trabalho está disponíveis em: 16_06_001 PT - Desmontar Painel .

© Direitos de autor. 2016: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/06/2016


terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Revisão 01 - Tipos e usos de Chaves de Fenda

Em manutenção mecânica, é comum se usar ferramentas de aperto e desaperto em parafusos e porcas.
Fig. 1 - Chave de Fenda
Para cada tipo de parafuso e de porca, há uma correspondente chave adequada às necessidades do trabalho a ser realizado. Isto ocorre porque tanto as chaves quanto as porcas e os parafusos são fabricados dentro de normas padronizadas mundialmente.
Pois bem, para assegurar o contato máximo entre as faces da porca e as faces dos mordentes das chaves de aperto e desaperto, estas deverão ser introduzidas a fundo e perpendicularmente ao eixo do parafuso ou rosca.
No caso de parafusos ou porcas com diâmetros nominais de até 16 mm, a ação de uma única mão na extremidade do cabo da chave é suficiente para o travamento necessário. Não se deve usar prolongadores para melhorar a fixação, pois essa medida poderá contribuir para a quebra da chave ou rompimento do parafuso.

Uma família de ferramentas muito empregadas em trabalhos mecânicos são as chaves de fenda.

Fig. 2 - Chave Torx
1.1 - Chaves de fenda: Para apertar ou soltar parafusos. Existem vários tamanhos de acordo com as medidas dos parafusos a serem apertados ou de acordo com os espaços em que será feito o trabalho. Chaves com ponta fenda são para grandes esforços de aperto e ponta philips (ou ponta cruzada) para esforços menores, desenvolvida para não “espanar” o parafuso ou a rosca. Cada fabricante desenvolve tipos diferentes de cabos: cabos emborrachados, plásticos, quadrados, triangulares. Escolha o que melhor se adaptar e suas mãos.

1.2 - Chave torx: Desenvolvida para serviços com parafusos “torx”, muito usado em automóveis. No formato parecido com uma estrela, possuem seis pontos de apoio para o aperto ou desaperto do parafuso.
Chave Sextavada (Allen): Especial para parafusos com encaixe sextavado. Muito utilizada na indústria mecânica e automobilística. Para trabalhos em locais de difícil acesso, também foi desenvolvida a chave allen com ponta abaulada para ser usada inclinada.

Fig. 3 - Chave Allen
1.3 - Chave Allen - A chave Allen, também conhecida pelo nome de chave hexagonal ou sextavada, é utilizada para fixar ou soltar parafusos com sextavados internos. O tipo de chave Allen mais conhecido apresenta o perfil do corpo em L, o que possibilita o efeito de alavanca durante o aperto ou desaperto de parafusos. Muito utilizada na indústria mecânica e automobilística para trabalhos em locais de difícil acesso, também foi desenvolvida a chave allen com ponta abaulada para ser usada inclinada.
Antes de usar uma chave Allen, deve-se verificar se o sextavado interno do parafuso encontra-se isento de tinta ou sujeira. Tinta e sujeira impedem o encaixe perfeito da chave e podem causar acidentes em quem estiver manuseando.

Fig. 4 - Chave Phillips
1.4 - Chave Phillips - A extremidade da haste, oposta ao cabo, nesse modelo de chave, tem a forma em cruz. Esse formato é ideal para os parafusos Phillips que apresentam fendas cruzadas.
Há também no mercado a chave Phillips angular dupla, conforme figura abaixo.
É uma ferramenta utilizada em mecânica para apertar e soltar parafusos grandes quando se exige o emprego de muita força. Com o sextavado na haste, o operador pode, usando uma chave de boca fixa, aumentar o torque da ferramenta sem precisar de maior esforço. Esse modelo também é encontrado com a fenda cruzada (modelo Phillips). 
Tanto as chaves de fenda Phillips quanto as chaves de fenda com sextavado não devem ser utilizadas como talhadeiras ou alavancas.

1.5 - Chave canhão: Chave especial para colocação ou retirada de parafusos e porcas em locais de difícil acesso. Podem ser com haste maciça ou tubular. Esta última facilita a retirada de porcas quando o parafuso é muito longo.
Fig. 5 - Chave Canhão

Folha com Informações tecnológicas sobre chaves de fendas estão disponíveis em: 16_06_017 FIT Chaves de fendas SRG.

Folha com Permissão para o Trabalho está disponíveis em: 16_06_001 PT - Desmontar Painel .

© Direitos de autor. 2016: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/06/2016

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Aula 01 - Normas, Procedimentos e Instruções de trabalho

Figura 01 - Todos devem conhecer
as normas de segurança.
O ativo mais importante das Empresas são as Pessoas. Foi esta convicção que levou o Professor. Sinésio Gomes a adotar juntamente com alunos uma organização preventiva e assumir a responsabilidade e garantia de incorporar ações preventivas no conjunto das suas atividades em todos os níveis hierárquicos. Tudo isso dentro do quadro normativo estabelecido pela Lei de Prevenção de Riscos Profissionais.
Todos os envolvidos no trabalho devem conhecer as normas básicas de Segurança que devem ser observadas, a fim de evitar ou controlar os riscos derivados dos trabalhos que realizam.
Todo o pessoal seja qual for o seu cargo, será responsável pela observância das instruções de Segurança, cujo conhecimento e cumprimento é obrigatório.
As condições de segurança e o controle dos riscos no trabalho, têm prioridade absoluta sobre quaisquer outras considerações.
O professor entende que a não observação das normas de segurança como uma infração, sem exceções nem atenuantes por razões de produtividade, urgência dos trabalhos ou custos, que será sancionada de acordo com o Regimento da Escolar e Manual do Aluno.
Figura 02 - Todos devem assumir
responsabilidades para o bom trabalho.
O futuro trabalhador deve conhecer perfeitamente o manuseio das ferramentas que utiliza e as normas de segurança que devem ser observadas para a realização dos trabalhos que lhe sejam atribuídos.

  1. PREVENÇÃO: Todos nós devemos adotar uma mentalidade preventiva: prevenir antes que remediar.
  2. RESPONSABILIDADE: Todos nós devemos conhecer os nossos direitos e obrigações em matéria de prevenção.
  3. PARTICIPAÇÃO: Todos nós devemos ser informados e consultados sobre aqueles aspectos que afetem a segurança no trabalho.
Tudo isto será feito através da implementação e aplicação de uma Permissão de Trabalho que contém a Análise Preliminar de Riscos Profissionais, Procedimentos de Trabalho Sequência de Atividades além da escolha de Ferramentas e Equipamentos Aplicáveis.

A - Avaliação dos riscos e plano de prevenção
Figura 03 - Análise preliminar de risco.
Através da Análise Preliminar de riscos, a empresa procura analisar todos os trabalhos, identificar os riscos existentes, determinar se podem ser eliminados de algum modo e, se tal não for possível, estabelecer as medidas a adotar para controlar tais riscos, reduzindo a possibilidade de se concretizarem e diminuindo a gravidade das suas consequências.
Em primeiro lugar, é fundamental na hora de tratar qualquer tipo de tarefas estabelecer uma forma de classificar uma tarefa como perigosa ou não. Uma vez identificadas as tarefas consideradas perigosas, podemos abordar o controle das mesmas através de métodos de trabalho apropriados e da supervisão da aplicação desses métodos.
Tarefas perigosas são identificadas em função de um ou vários fatores, foram identificadas uma série de tarefas perigosas que estão relacionadas, principalmente, com o risco elétrico, o risco de queda de altura, os riscos decorrentes da movimentação mecânica de cargas, o risco de soterramento e o risco de queimadura. 
Figura 04 - Risco Elétrico

B - Tarefas com Risco Elétrico
Trabalhos com risco elétrico: alguns casos exige-se que o responsável pela prevenção seja Autorizado ou Qualificado conforme NR10. Trabalhos em tensão elétrica ou Trabalhos na proximidade de tensão elétrica. Acesso aos recintos de serviço e envolventes de material elétrico (centrais, subestações, centros de transformação, salas de controle, etc...). Movimentação ou deslocamento de equipamentos ou materiais na proximidade de linhas aéreas, subterrâneas ou de outras instalações.
Os principais perigos relacionados com a eletricidade são os decorrentes dos possíveis contatos com a mesma, e podem ser: Contatos Diretos:são aqueles contatos de pessoas com partes de materiais e equipamentos que normalmente estão em tensão (cabos, barras de distribuição ...). Contatos Indiretos: são aqueles contatos de pessoas com massas colocadas acidentalmente sob tensão, entendendo-se por massa o conjunto de partes metálicas de um equipamento ou instalação que geralmente estão isoladas das zonas ativas ou em tensão.

C - Medidas de Prevenção e Proteção do Riscos Elétricos
Figura 05 - Norma Regulamentadora 10.
As medidas informativas são aquelas que, de algum modo, previnem a existência do risco. Podem ser: Normativas: consiste em estabelecer normas operacionais, de carácter especifico para cada trabalho ou gerais, coordenadas com as restantes medidas informativas. Podem ser pessoais ou gerais.
Instrutivas: consiste na formação dos operários que trabalham com riscos eléctricos sobre o uso correto dos equipamentos e ferramentas utilizadas e sobre o significado da simbologia e sinalização. Sinalização: consiste na colocação de sinais de proibição, precaução ou informação nos locais apropriados. Identificação e detecção: consiste na identificação e verificação de tensões nas instalações eléctricas antes de operar nas mesmas.
Medidas de proteção Individuais. Neste grupo incluem-se as luvas isolantes, capacetes isolantes, plataformas e tapetes isolantes, varas de manobra e de salvamento, calçado isolante, etc. Todos estes equipamentos devem cumprir as exigências essenciais de segurança e saúde e, conseqüentemente, possuir o selo certificado de aprovação - CA.
Medidas de proteção da Instalação. Baseadas nos seguintes princípios: Disposição que impeça que a corrente elétrica atravesse o corpo humano. Limitação da corrente que poderia atravessar o corpo humano a uma intensidade não perigosa. Separação por distância ou afastamento das partes ativas. Interposição de obstáculos e barreiras. Revestimento ou isolamento das partes ativas.
Todos trabalhos onde está envolvido a presença de eletricidade de ser realizado conforme norma regulamentadora NR-10.

D - Medidas de Proteção Individual
Figura 06 - Equipamentos de Proteção Individual.
A proteção individual constitui a última barreira existente entre o risco e o trabalhador e a última técnica a utilizar face aos riscos profissionais.
Antes de recorrer à utilização de um Equipamento de Proteção Individual, devem-se avaliar os riscos e adotar as medidas de segurança adequadas, utilizando proteções colectivas destinadas a evitar o risco. Nos casos em que isso não seja possível, utiliza-se como último recurso a proteção individual que, muitas vezes, pode ser um complemento à proteção colectiva.
Devemos ter presente que: Os equipamentos de proteção individual não eliminam o risco nem evitam os acidentes, mas minimizam as consequências que estes possam causar.
EPI's - Protetores da Cabeça: Capacete. Ouvidos: Tampões, Orelheiras. Olhos: Óculos, Viseiras faciais. Vias Respiratórias: Máscaras. Braços e Mãos: Luvas. Pés e Pernas: Botas, Polainas. Tronco e Abdómen; Cintas, Aventais. 
Temos também os  EPC's. Protetores de Barreira tipo Cremes. Protectores Anti-queda: Cinturões, e  Roupa de Proteção Específica.

E - Riscos por Trabalhos em Instalações Elétricas de Alta Tensão
Figura 07 - Regras de Ouro para Proteção Individual.
No caso dos trabalhos desenvolvidos nas instalações com tensão elétrica, as medidas de segurança devem ser reforçadas, tanto do ponto de vista informativo como de proteção, pois o risco é bem maior e, portanto, maior a probabilidade de sofrer um acidente grave.
Assim, serão de cumprimento obrigatório as "Cinco Regras de Ouro", sendo igualmente obrigatórias em baixa tensão as três primeiras e aconselháveis as duas últimas.
REGRA Nº 1: Abertura com corte visível das fontes de tensão. Sempre que o modelo dos elementos de corte não permita a percepção visual do mesmo, serão dotados de dispositivos que garantam o corte efetivo.
Figura 08 - Plaquetas para bloqueio
REGRA Nº 2: Impedimento ou bloqueio dos aparelhos de corte na posição de abertura, utilizando mecanismos que impeçam o acionamento de tais elementos de corte por pessoal não autorizado, e sinalização dos mesmos com a indicação de perigo e proibição de uso. Caso não seja possível o bloqueio, será imprescindível colocar sinalização de advertência de perigo e de proibição de uso.
REGRA Nº 3: Verificação da ausência de tensão em todos os condutores que penetrem na área de trabalho. Antes e depois da operação, é obrigatório certificar-se do correto funcionamento do medidor. Para realizar a verificação da ausência de tensão, a instalação será considerada em tensão, pelo que, obrigatoriamente, o operário que a realiza, deve utilizar, sempre e simultaneamente, dois dos três elementos de segurança seguintes: Vara isolante. Luvas isolantes. Banco ou tapete isolante. Todos estes equipamentos devidamente certificados para a tensão da instalação.
REGRA Nº 4: Ligação à terra e colocação em curto-circuito de todos os condutores descarregados que penetrem na área de trabalho. No caso de utilizar seccionadores de terra fixos, deve-se verificar que as suas lâminas ficam fechadas. Se não se dispuser de pontos fixos, deve-se garantir o bom contato da hastede terra.
REGRA Nº 5: Delimitação da área de trabalho através da colocação da sinalização de segurança regulamentar e da instalação de barreiras previstas para tal.

F - Organização de ferramentas e do posto de trabalho
Figura 09 - Ferramentas Organizadas no posto de trabalho
A execução das instalações elétricas, como de resto a realização de qualquer instalação ou montagem, depende muito do ferramental empregado e de como o mesmo é utilizado. 
Instrumentos e ferramentas adequadas ao serviço que se está realizando facilitam o trabalho e dão correção e segurança ao mesmo. 
Com ferramentas adequadas ao serviço, ganha-se tempo, executa-se a tarefa dentro do melhor padrão e despende-se menos energia. 
Com arrumação e limpeza adequadas nos locais ou zonas de trabalho, pode ser eliminado um grande número de condições de insegurança, origem de múltiplos acidentes, contribuindo para a segurança no trabalho pelo efeito psicológico exercido sobre os trabalhadores. 
Arrumação significa um local adequado para cada coisa. Cada coisa deve estar no local designado.

G - Riscos Ergonômicos e Medidas de Proteção
Figura 09 - Exercícios de alongamentos
Uma postura estática incorreta, mantida muito tempo na posição de sentado, deve ser corrigida imediatamente, já que será a causa de diversas alterações na coluna vertebral, dores cervicais e, às vezes, insuficiência arterial periférica. Por isso, é conveniente realizar uma série de exercícios de relaxamento com base na zona do corpo mais cansada, sem qualquer periodicidade e realizando-os no momento em que o próprio trabalhador achar oportuno.
Quanto à sala de trabalho: As paredes devem ser de cores claras. As lâmpadas devem ser equipadas com difusores de luz. A iluminação geral deve ter intensidade de 150 - 300 lux. O ruído ambiental para o trabalho normal deve ser inferior a 65 - 70 dB e para o trabalho que exige concentração mental inferior a 55 dB. A temperatura seca deve ser de 19º - 24º e a humidade de 40% - 70%.
Quanto ao posto individual de trabalho: A distância visual ótima será de 45 - 55 cm. O ângulo visual será de 10º - 20º em relação à horizontal. O porta-cópias estará à mesma altura que o tela. O teclado estará a uma altura do chão de 60 - 75 cm e não deverá ser colocado no bordo da mesa, e sim deixando 10 - 15 cm para apoiar o punho. O assento será de cinco pés com encosto regulável. A altura do assento regulável será de 38 - 48 cm. O assento terá 40 cm de fundo. O ângulo dos braços será de 90º e o ângulo das pernas superior a 90 º. O apoio dos pés será regulável em altura.

H - Riscos Psicossociais e Medidas de Proteção
Figura 10 - Postura e distâncias ótimas para trabalho.
Entendendo por saúde um "estado de equilíbrio físico, psíquico e social", resulta na evidente necessidade de considerar os aspectos psicossociais do trabalho não apenas como fatores de risco em relação aos quais devemos atuar para evitar consequências negativas na saúde, mas também como via de potenciação das questões positivas para a saúde dos trabalhadores, tais como o bem-estar e a satisfação no trabalho.
São muitos os fatores psicossociais de risco e, apesar de todos eles estarem relacionados entre si, podemos realizar a seguinte classificação:
Fatores ligados à tarefa: oportunidade para desenvolver as habilidades próprias, monotonia, repetitividade, grau de autonomia, controle sobre as pausas e sobre o ritmo de trabalho, pressão de tempos (relação entre o volume de trabalho e o tempo disponível), interrupções nas tarefas, trabalho emocional (atendimento a utilizadores, público e clientes), trabalho cognitivo (que exige grande esforço intelectual), trabalho sensorial (que exige esforço dos sentidos), etc.
Figura 11 - Organização das atividades para trabalhos.
Fatores ligados à organização do tempo de trabalho: duração e distribuição dos tempos no horário de trabalho, trabalho noturno e por turnos, pausas formais e informais, etc.
Fatores ligados à estrutura da organização: apoio social de colegas e superiores hierárquicos, quantidade e qualidade das relações sociais no trabalho, sistemas de participação, práticas de formação e informação, controle do status (estabilidade profissional, mudanças, perspectivas de promoção, tarefas de acordo com a qualificação), estima (respeito e reconhecimento), apoio adequado, trato justo, salário, etc.

Folha com Exercícios de Alogamentos está disponíveis em: 16_06_012 OP_00 Alongar SRG .
Folha com modelo de Permissão para o Trabalho está disponíveis em: 15_08_000 FIT - Permissão para o Trabalho .

© Direitos de autor. 2017: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 10/07/2016.